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19/08

Defensoria Pública e Rioprevidência têm serviços gratuitos para quem quer sair do vermelho

A Defensoria Pública do Rio mantém um serviço gratuito para facilitar a vida de quem está com dificuldades para negociar o pagamento de dívidas, principalmente com bancos e financeiras. Segundo a coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), Alessandra Bentes, os defensores analisam os débitos e entram em contato com as instituições para negociar o pagamento com desconto. Um levantamento da instituição mostra que oito em cada dez casos que chegam ao núcleo terminam em acordo.
 
— O que vemos no dia a dia é que o brasileiro preza pelo nome limpo. O problema é que, muitas vezes, a dívida acaba fugindo do controle. A pessoa quer pagar, mas é inviável — diz a defensora.
No Nudecon, o atendimento é dividido entre endividados e superendividados.
 
— O superendividado é aquele que já tem um comprometimento da renda tão grande que começa o mês no negativo. Nesses casos, não adianta apenas fazer a negociação. É preciso todo um acompanhamento, porque não se resolve o problema do dia para a noite — explica Alessandra.
O serviço funciona na Rua São José 35, 13° andar, no Centro do Rio, com agendamento a partir das 8h, de segunda a quinta-feira. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2868-2100 (ramais 121 e 307).
 
Ajuda para reorganizar
 
Quem está endividado até o pescoço pode conseguir uma ajuda para arrumar a casa e começar a pagar o que deve. Um dos lugares que oferecem auxílio gratuito é a Escola de Educação Financeira do Rioprevidência. Apesar de ser ligada aos servidores do estado, a instituição está aberta ao público em geral. Lá, é possível assistir a palestras sobre planejamento financeiro e até ter uma consultoria individual para identificar as causas dos problemas e montar um plano para resolvê-los para, assim, sair do vermelho.
 
Foi o que fez a supervisora administrativa Fernanda Silva, de 31 anos. No início deste ano, ela teve que pegar um empréstimo pessoal no valor de R$ 3 mil, mas já está com quatro prestações atrasadas:
 
— As opções de renegociação que me deram estão fora do meu alcance no momento. Mas quero me organizar, agora, para começar a acertar essa dívida em janeiro.
Para isso, Fernanda foi aconselhada a ampliar um hábito que já pratica: o de anotar receitas e gastos.
 
— Vou passar a incluir todas as despesas, por menores que sejam — afirma ela.
Segundo Marcio Martins, professor da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência, a maioria das pessoas que procuram ajuda tem dívidas com juros altos, como os do cartão de crédito:
 
— Há também problemas com o empréstimo consignado (débito em folha), já que o salário vem menor por causa dos descontos, e fica difícil pagar outras contas.
 
A Escola de Educação Financeira do Rioprevidência funciona na Rua Felipe Camarão 83, em Vila Isabel. Informações sobre os cursos pelo telefone (21) 2334-1846 ou pelo site www.rioprevidencia.rj.gov.br.
 
Diferenças: Marcio Martins, da Escola de Educação Financeira do Rioprevidência, explicou que quem faz um empréstimo é considerado endividado, mesmo que esteja com todas as parcelas em dia, já que assumiu o compromisso de pagar as prestações. Caso haja atraso, mesmo que seja de um mês, a pessoa já passa a ser inadimplente.
 
Superendividado: Ainda segundo ele, há uma terceira categoria, a do superendividamento, quando os débitos são tantos que começam a comprometer a sobrevivência, faltando dinheiro para as compras no supermercado ou as contas consideradas básicas, como água e energia elétrica.
 
Virando o jogo: A primeira providência para sair do vermelho e entrar no azul é organizar as finanças, anotando o quanto ganha e gasta, bem como os juros de cada dívida. Também é importante ter essas informações na ponta da língua na hora de negociar.
 
Troca: Vale a pena trocar uma dívida mais cara por outra mais barata. Por exemplo, pegar um empréstimo consignado para quitar um débito do cartão de crédito é vantajoso, já que os juros do primeiro são menores do que os do segundo. Mas não pegue nada além da quantia necessária para quitar a dívida mais cara.
 
Contraproposta: Na hora da negociação da dívida, não aceite a primeira proposta do credor, faça sempre outra, com o objetivo de melhorar as condições de pagamento, especialmente se ela for feita à vista.
 
Dentro do limite: A proposta de quitação deve ser feita sempre dentro do limite do orçamento do devedor. Caso contrário, ele terá de pedir uma nova renegociação poucos meses depois da primeira.

Fonte: Extra OnLine

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