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07/10

Dúvidas mais frequentes sobre o câncer de mama.

 
O Outubro Rosa é uma campanha desenvolvida pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), com o objetivo de promover debates e a conscientização sobre o câncer de mama, especialmente sobre formas de prevenção e detecção precoce.
 
O portal iGospel decidiu abraçar a causa e preparou uma série de matérias sobre o assunto. Hoje, com base nos dados cedidos pelo INCA, vamos esclarecer as dúvidas mais frequentes do público feminino em relação à doença:
 
O que é câncer de mama?
 
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
 
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
 
Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.
 
Quais são os sinais e os sintomas suspeitos do câncer de mama?
 
-Caroço (nódulo) persistente, geralmente indolor;
-Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
-Alterações no bico do peito (mamilo);
-Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
-Saída de líquido anormal pelo mamilo (bico do peito).
 
Câncer de mama tem cura?
 
O câncer de mama é uma doença que tem cura, se descoberto logo no início. Muitas mulheres, porém, perdem um tempo precioso, porque têm medo de procurar um médico e fazer exames.
 
Quais são os exames preventivos?
 
Mamografia: é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros).
 
É realizada em um aparelho de raio-X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável.’
 
O autoexame das mamas: O INCA não estimula o autoexame das mamas como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo.
 
As evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para o rastreamento e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, o autoexame das mamas traz consigo consequências negativas, como aumento do número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames falsamente negativos e impacto psicológico negativo nos exames falsamente positivos.
 
Portanto, o exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade.
 
O Exame Clínico das Mamas (ECM):  Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. O Exame Clínico das Mamas deve ser realizado conforme as recomendações técnicas do Consenso para o Controle do Câncer de Mama.
 
A sensibilidade do ECM varia de 57% a 83% em mulheres com idade entre 50 e 59 anos, e em torno de 71% nas que estão entre 40 e 49 anos. A especificidade varia de 88% a 96% em mulheres com idade entre 50 e 59 e entre 71% a 84% nas que estão entre 40 e 49 anos.
 
Caso seja diagnosticado um tumor maligno, como funciona o tratamento?
 
Importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento. O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas, bem como das condições da paciente (idade, menopausa, comorbidades e preferências).
 
O prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença (estadiamento). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de metástases (doença à distância), o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
 
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
 
- Tratamento local: cirurgia e radioterapia.
- Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
 
Estádios I e II
 
A conduta habitual consiste de cirurgia, que pode ser conservadora, com retirada apenas de parte da mama (mastectomia parcial ou segmentectomia); ou com retirada total da mama (mastectomia total ou radical). A avaliação dos linfonodos axilares tem função prognóstica e terapêutica. E pode se dar através da retirada do linfonodo sentinela e/ou dos linfonodos axilares.
 
Após a cirurgia, o tratamento complementar com radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre considerada nos casos de mastectomia.
 
O tratamento sistêmico será determinado de acordo com o risco de recorrência (idade da paciente, comprometimento linfonodal, tamanho tumoral, grau de diferenciação), e as características moleculares do tumor. Essa última baseia-se principalmente na mensuração dos receptores hormonais (receptor de estrogênio e progesterona) - quando a hormonioterapia pode ser indicada; e também de HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2)- com possível indicação de terapia biológica anti-HER-2.
 
Estádio III
 
Pacientes com tumores maiores, porém ainda localizados, enquadram-se no estádio III. Nesta situação, o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com quimioterapia) é a modalidade terapêutica inicial. Após resposta adequada, segue-se com o tratamento local.
 
Estádio IV
 
Nesse estádio, é fundamental que a decisão terapêutica busque o equilíbrio entre a resposta tumoral e o possível prolongamento da sobrevida, levando-se em consideração os potenciais efeitos colaterais decorrentes do tratamento. A modalidade principal de tratamento nesse estádio é sistêmica, sendo o tratamento local reservado para indicações restritas.
 
Atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser uma preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico.
 
Para mais informações, acesse: www.inca.gov.br.
 
Fonte: I Gospel