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19/11

Inédita no mundo zika vírus pode ser a causa de epidemia.

 
 
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (17) que os casos de contaminação por zika vírus registrados no primeiro semestre, são a "principal hipótese" para explicar o aumento da ocorrência de microcefalia na região Nordeste.
 
A doença, transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, foi apontada pelo aumento de casos de microcefalia em bebês nascidos no Nordeste do Brasil. Foram tantos os casos que as secretarias de saúde entraram em alerta. Desde o começo do surto, foram registrados 250 bebês nascidos com microcefalia nos estados de Pernambuco, Sergipe, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte, ou seja, quinze vezes a média registrada entre 2000 e 2014.
 
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. A doença é rara e causa deficiência mental, epilepsia e problemas de visão nas crianças, e até agora não se sabia o que andava causando a epidemia.
 
A relação entre o zika vírus e a má-formação genética ganhou força porque o micro-organismo foi identificado em duas gestantes da Paraíba. Elas apresentaram sintomas da infecção durante a gravidez e carregam bebês com microcefalia confirmada. Exames laboratoriais encontraram o vírus no líquido amniótico, que envolve o bebê na gestação.
 
O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, Cláudio Maierovitch, disse que a relação entre o vírus zika e a microcefalia "é inédita no mundo" e não consta na literatura científica até o momento.
 
Agora uma análise feita no laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, pode ter trazido a resposta: o vírus zika, que é transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito da dengue.
 
O vírus é comum na África e no sudeste asiático e foi registrado no Brasil pela primeira vez no começo do ano. A suspeita surgiu quando as mães dos bebês relataram sentir os sintomas da doença como: febre baixa, vermelhidão e coceira durante os primeiros meses da gestação.
 
O mal é bem mais ameno do que a dengue, não há registros de morte em decorrência do zika, mas as consequências para grávidas ainda não eram conhecidas. Como os primeiros meses de gravidez são os mais importantes para a formação dos fetos, imagina-se que a doença tenha contaminado também os filhos. Ainda assim, o estudo não pode ser considerado conclusivo porque só analisou uma pequena parcela das pessoas infectadas. O Ministério da Saúde também ainda não se pronunciou sobre os resultados.
 
Fonte: IGospel